quarta-feira, 19 de abril de 2017

Vacinação contra Gripe 2017




É imprescindível falar sobre esse assunto todos os anos, mesmo que considerado corriqueiro, mas que ainda gera ansiedade, dúvida e medo.
Este ano a Campanha de Vacinação Nacional contra a Gripe conta com um diferencial, que é a  inclusão dos professores da rede pública e privada como parte do público alvo, com direito a receber a imunização gratuitamente no SUS. A campanha vai até 26 de maio e o dia de mobilização nacional está marcado para o dia 13.
Em 2016, houve aumento do número de casos,  com 12.174 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza no país. A SRAG é uma complicação da gripe. Houve ainda 2.220 mortes, número alto em comparação a anos anteriores. Do total de óbitos, a maioria (1.982) foi por influenza A/H1N1. Este foi o maior número de mortes por H1N1 desde a pandemia de 2009, quando 2.060 pessoas morreram em decorrência do vírus no Brasil.
Em 2017, já foram registrados 276 casos e 48 mortes no país.

Uma questão de extrema importância e que deve ser levada em consideração é em relação à vacinação de uma faixa etária um pouco mais ampla. Os chamados adultos jovens (entre 40 e 50 anos) com doenças crônicas vêm sendo os mais atingidos pela doença. Seja por falta de informação ou por qualquer outro motivo, indivíduos portadores de doenças como HIV, diabetes, lúpus, cardiopatias, obesidade mórbida e problemas pulmonares, acabam não sabendo que devem se vacinar e ficam expostos. 
Prevenção
Antes mesmo de os sintomas aparecerem, os indivíduos contaminados já estão transmitindo os vírus. Tosse e espirro são formas eficazes de o vírus se propagar, pois nesses momentos partículas que contêm o vírus podem percorrer cinco metros de distância a uma velocidade de 150km por hora. Porém, a transmissão também pode se dar simplesmente ao falar perto de uma pessoa, de uma distância de até 2 metros. Atenção: máscaras comuns não barram as micropartículas.
Portanto, além da imunização (redes privadas estão cobrando cerca de R$170 a dose), é de extrema importância lavar frequentemente as mãos, utilizar lenços e colocar a mão na boca ao tossir e espirrar. Procure assistência médica ao perceber os primeiros sinais de febre alta, acima de 38º, 39º (tenha sempre um termômetro em casa), dor muscular, de cabeça, de garganta ou nas articulações.

A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo do influenza vírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.
Segundo a OMS e o CDC (Center for Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).

Sintomas
Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia.
Diagnóstico
Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado pode demorar mais tempo. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.
Vacina
A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode trazer na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves.
Existem duas vacinas que protegem contra a infecção pelo H1N1: a trivalente,  que imuniza contra dois vírus da influenza A e contra uma cepa do vírus da influenza B,  e a vacina tetravalente (ou quadrivalente) que, além desses vírus imuniza contra uma segunda cepa do vírus da influeza B, menos frequente no Brasil e que só deve ser usada a partir dos três anos de idade.
A vacina de Influenza trivalente de 2017 contém os seguintes vírus: Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015, Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014, e o Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008
Já a vacina de Influenza tetravalente contém, além dessas três cepas, o vírus Influenza B, subtipo Phuket/3073/2013.
Os dois tipos de vacina são eficazes, mas levam de duas a três semanas para fazer efeito. Embora não ofereçam 100% de proteção, estão perto disso.
Idosos acima de 60 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, asma, bronquite, insuficiência renal, obesidade grau 3, por exemplo), imunossuprimidos e transplantados,  crianças entre seis meses e cinco anos, profissionais da saúde, professores do ensino básico e superior da rede publica e privada, população indígena, presidiários constituem o grupo prioritário para vacinação.
A vacina é contraindicada para as pessoas com alergia grave a ovo, pois pode conter ovoalbumina, uma proteína do ovo responsável por reações alérgicas. Isso acontece porque existe uma etapa, durante o processo de produção da vacina, que os vírus crescem em ovos de galinha.
Tratamento
É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos. Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.
Recomendações
Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC) recomenda:
* Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
* Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
* Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
* Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
* Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
* Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
* Procurar assistência médica, se o doente pertence a um grupo de risco e se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus H1N1 da influenza tipo A. Nos outros casos, permanecer em repouso e tomar bastante líquido para garantir a boa hidratação.
Diferença entre gripe e resfriado:


Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

Especialista em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira

segunda-feira, 3 de abril de 2017

ALERGIA ALIMENTAR



Uma pequena porcentagem de crianças apresenta alergia a determinados alimentos. Os principais são:
- leite (o mais comum)
- ovo
- peixe
- soja
- trigo
- amendoim e castanhas
- frutos do mar.
            Há diversos sintomas que podem aparecer nestes casos, como:
- cólica
- chiado
- tosse crônica
- infecções de ouvido (otite média)
- alergia de pele (urticária e dermatite atópica)
- anemia por deficiência de ferro
- sangue nas fezes
- constipação
- diarréia
- vômitos
- regurgitações frequentes.

            Após o diagnóstico da alergia, a conduta é retirar o alimento da dieta da criança, sob orientação do médico e do nutricionista, para que a dieta mantenha-se balanceada e com todos os nutrientes necessários à manutenção da saúde.
           
Importante também é conhecer os sinônimos destes alimentos e de suas fontes ocultas, para não haver ingestão acidental do alimento causador da alergia. Portanto, ler os rótulos das embalagens é fundamental.

No caso do leite de vaca, os termos relacionados encontrados em alguns rótulos são: caseína, caseinato, lactose, lactoglobulina, lactoalbumina, proteína hidrolisada, etc. E as fontes ocultas de leite são: balas, bolachas, cereais matinais, chocolates, manteiga, margarina, creme de leite, molhos cremosos, pães, purês e sopas.


Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671